
A industrialização da criação de animais causou muitas distorções no comportamento natural deles, e as galinhas talvez sejam uma das mais afetadas. Se compararmos o ambiente do confinamento com a criação livre fica muito evidente as consequências da interferência humana nos hábitos de vida delas. Para otimizar o lucro e ter um maior aproveitamento da produção dos ovos algumas práticas nas criações comerciais que mais distanciaram esses animais da sua natureza são a ausência do macho e a impossibilidade da galinha chocar seus ovos.
Como a maioria das espécies sociais (que vivem em grupos/famílias), as galinhas tendem a manter uma hierarquia e exibir comportamentos de dominação ou de subordinação, que repercutem na ordem em que uma bica a outra dentro do grupo e como se em organizam nos poleiros, com as dominantes ficando mais no alto, e na ordem em que as aves se alimentam, sendo que sempre existe uma ave que domina todas.
Essa relação de dominação-subordinação precisa ser levada em conta na hora de planejar o manejo, as instalações e comedouros, já que elas tendem a buscar companheiras de grupo e isolar socialmente aves estranhas, que geralmente acabam comendo menos.
A presença de um galo na criação organiza esses grupos e previne brigas, contribuindo para um igual acesso à comida, poleiros e ninhos pelas aves subordinadas ou marginalizadas. Nas criações de galinhas poedeiras recomenda-se um galo para cada 20 galinhas. Devido ao comportamento territorial da espécie não é recomendado a introdução de um galo adulto em um grupo onde já exista um galo, sendo preferível a seleção machos jovens para viver juntos. Em vida livre um macho adulto pode tomar conta de uma área de até 5 ha, o que torna o espaço do aviário um fator limitante para a convivência harmoniosa de diferentes grupos.