Saber como tratar cachorro com ansiedade de separação é muito importante para garantir que ele se sinta seguro mesmo quando você não estiver por perto. Esse problema afeta muitos cães e, se não for tratado da forma correta, pode impactar o bem-estar tanto do animal quanto do tutor.
Com o estilo de vida atual, muitos cães passam longos períodos sozinhos em casa enquanto seus tutores estão no trabalho ou em outras atividades. Por outro lado, quando tem gente em casa, ficam grudados o tempo todo.
Essa rotina “8 ou 80” faz com que a ansiedade de separação seja cada vez mais comum entre os cães, já que eles não aprendem a ser seguros e independentes.
Na Porakaá, nós, Thais e Guilherme, acreditamos que a consciência animal é essencial para garantir a qualidade de vida dos cães.
Por isso, com mais de 15 anos de experiência em comportamento animal, estamos aqui para ajudar você a melhorar a saúde emocional do seu pet. Com orientações práticas e soluções personalizadas, você vai ver que é possível tratar a ansiedade de separação do seu cão.
Neste texto, vamos explicar como identificar e tratar a ansiedade de separação. Além disso, vamos entender melhor o comportamento dos cães e aplicar estratégias que ajudam eles a se sentirem mais seguros, mesmo quando estão sozinhos.
Vamos juntos? A seguir, veja 5 segredos de especialistas para tratar cães com ansiedade de separação de forma eficaz e com resultados duradouros.
Como tratar cachorro com ansiedade de separação?
Tratar a ansiedade de separação exige técnicas que, antes de tudo, respeitem o tempo e o ritmo de cada cão.
Além disso, é importante aplicar as estratégias de forma consistente para que os resultados aconteçam e sejam duradouros. A seguir, vamos conferir as principais maneiras de reduzir o estresse causado pela separação.
1. Condicionamento com recompensas
O treinamento baseado em reforço positivo é uma das técnicas mais eficientes para tratar a ansiedade de separação. Ele consiste em associar sua ausência a algo que o cão goste.
Ao sair de casa, ofereça ao cão um brinquedo interativo com petiscos ou algo prazeroso. Isso cria uma associação positiva com o fato de ficar sozinho.
Um dos segredos é oferecer esse brinquedo antes, várias vezes, com você junto. Lembre-se que a chave para o sucesso desse método é a repetição.
Outro ponto importante é variar os brinquedos e recompensas para manter o interesse do cão.
Por exemplo, utilize brinquedos interativos e tapetes de farejar que escondem comida, pois eles podem manter o cão ocupado por mais tempo. Dessa forma, ele se distrai e associa a sua ausência a uma experiência positiva.
2. Aproximações sucessivas
Outra técnica bastante recomendada é fazer a separação aos poucos enquanto o tutor está em casa. Essa estratégia ajuda o cão a se acostumar a ficar sozinho por pouco tempo, e você vai aumentando isso devagar.
Comece saindo de perto dele por 1 ou 2 minutos, enquanto ele está com o brinquedo interativo e você faz outras coisas da rotina como lavar a louça ou arrumar a casa. Depois, vá aumentando esse tempo aos poucos, sempre observando como o cão reage. Se ele ficar tranquilo por um período curto, é sinal de que você pode estender um pouco mais. Repetir esse processo e ter paciência é essencial para dar certo.
Se o cão ficar ansioso quando você aumentar o tempo, volte a deixá-lo sozinho por menos tempo e continue o treinamento até ele se acostumar. Com a repetição diária dessas pequenas saídas, ele vai se adaptando melhor à separação.
3. Rotina flexível
Ter uma rotina é importante para o cão, mas ela não pode ser muito rígida, pois isso pode aumentar a ansiedade. Cães que seguem horários muito fixos podem ficar mais ansiosos quando algo sai do normal.
O ideal é criar uma rotina flexível, em que o cão tenha uma noção do que vai acontecer, mas sem horários exatos.
Varie as atividades do dia, como passeios e brincadeiras, para que ele se acostume com pequenas mudanças e não dependa tanto de horários fixos. Isso também ajuda a diminuir o estresse quando algo inesperado acontece.
O que não fazer quando o seu cachorro tiver ansiedade de separação?
Saber o que não fazer enquanto trata a ansiedade de separação é tão importante quanto aplicar as técnicas corretas.
4. Não ignore completamente ao sair ou chegar
Ignorar o cão ao sair ou ao chegar pode piorar o problema. O ideal é manter uma atitude calma e normal, sem exageros.
Diga oi para o seu cão de forma tranquila ao chegar em casa, mostre que essa situação é parte da rotina e que não há motivo para alarde.
Fazer disso uma interação natural ajuda a reduzir a expectativa que o cão tem com a sua volta, além de ajuda a minimizar a ansiedade gerada pela separação.
5. Nunca puna o cão
Broncas ou gritos podem piorar a ansiedade do cão. Se ele destruiu algo enquanto você estava fora, evite repreendê-lo. Ele não consegue entender que a bronca está ligada ao que ele fez, o que só aumenta o estresse.
Ter paciência é muito importante para corrigir o comportamento de um jeito mais eficaz. Em vez de puni-lo, foque em usar reforços positivos, recompensando o cão sempre que ele se manter calmo em alguma situação que o deixaria ansioso.
O que é a ansiedade de separação?
A ansiedade de separação é o nome usado para a condição emocional de um cão que fica muito estressado por ficar sozinho, e isso pode afetar indivíduos de qualquer idade, até mesmo os cães idosos.
Eles podem latir, chorar, destruir coisas ou até fazer xixi e cocô em lugares errados, mesmo que sejam treinados. Esse comportamento está ligado ao apego que o animal tem com o tutor e à dificuldade que ele sente quando está longe.
Cães que têm ansiedade de separação mostram comportamentos que podem ser difíceis de controlar sem um bom plano.
O problema costuma ser mais sério em cães que não aprenderam a ficar sozinhos de forma tranquila. Com o tempo, o estresse constante pode acabar prejudicando a qualidade de vida do animal, o que pode afetar tanto a saúde física quanto o bem-estar dele de forma geral.
Como saber se o cachorro sofre de ansiedade de separação?
É importante reconhecer os sinais de ansiedade o quanto antes, para evitar que o problema se torne mais sério. Cães que sofrem de ansiedade de separação costumam mostrar comportamentos bem específicos quando ficam sozinhos.
Alguns dos sinais mais comuns incluem:
- Latidos e choros constantes logo após o tutor sair de casa.
- Destruição de objetos, como móveis, roupas e sapatos, especialmente aqueles que têm o cheiro do tutor.
- Fazer xixi e cocô em lugares inadequados, como no sofá ou na cama, mesmo sendo treinado.
- Apego exagerado e vigília constante enquanto o tutor está em casa, o cão segue a pessoa por todos os cômodos e mostrando ansiedade quando o tutor vai para outro ambiente.
Se o seu cão apresenta esses comportamentos com frequência, ele pode estar sofrendo de ansiedade de separação. A boa notícia é que, com as estratégias certas, é possível ajudar o seu cão a ficar bem sozinho, e lidar melhor com essa situação.
Como saber se meu cão tem ansiedade de separação?
Os sinais de ansiedade de separação podem variar em intensidade, mas é importante prestar atenção em qualquer comportamento fora do normal quando o cão fica sozinho.
Latidos e choros constantes são os primeiros sinais de que o cão está com dificuldade para lidar com a separação.
Outro comportamento comum é quando eles destroem objetos, especialmente os que têm o cheiro do tutor, como sapatos, chinelos, roupas e objetos pessoais. É que o cão busca conforto mexendo em coisas que lembram a pessoa com quem ele tem mais apego.
Fazer xixi ou cocô em lugares errados, como na cama ou no sofá, também é um sinal claro de estresse. Esses comportamentos podem aparecer tanto em cães mais jovens quanto em cães adultos.
Como prevenir a ansiedade por separação?
Prevenir a ansiedade de separação em cães é possível com algumas práticas simples, desde que sejam feitas de forma regular.
Uma ótima maneira de prevenir é oferecer enriquecimento ambiental, que mantém o cão ocupado e distraído.
Brinquedos interativos que escondem petiscos são uma boa opção, porque ajudam o cão a se entreter e se acostumar a ficar sozinho de forma mais tranquila.
Outra boa maneira de prevenir a ansiedade é ensinar o cão a ser mais independente desde filhote.
Comece deixando o seu pet sozinho por curtos períodos enquanto você faz outras coisas em casa. Com o tempo, ele vai aprendendo que ficar sozinho é normal, o que ajuda muito a prevenir a ansiedade de separação no futuro.
Como deixar o cachorro menos apegado?
Ensinar o cão a ser menos apegado precisa ser feito de forma gradual e constante.
Um bom jeito de começar é deixar o cão em um cômodo separado enquanto você faz algumas tarefas dentro de casa.
Fechar a porta ao entrar em outro ambiente, como o banheiro, e deixá-lo do lado de fora por alguns minutos ajuda o cão a perceber que pode ficar sozinho sem ficar ansioso e que você já volta.
Dê brinquedos que o mantenham ocupado, como mordedores naturais e aqueles que liberam petiscos. Com a repetição dessa prática, ele vai aprender a se acalmar e se distrair mesmo quando você não estiver por perto.
Quais os riscos da ansiedade de separação em cães?
Se a ansiedade de separação não for tratada, pode gerar um ciclo de estresse tanto para o cão quanto para o tutor.
Por exemplo, o cão pode desenvolver comportamentos destrutivos que podem levá-lo a se machucar e engolir coisas perigosas, além de ter problemas de saúde ligados ao estresse crônico.
Por isso, é muito importante agir rápido e começar o tratamento assim que os sinais aparecerem.
É um bom jeito para ajudar a evitar que a ansiedade se agrave e afete a qualidade de vida do cão. Estar atento aos sinais e seguir as estratégias de forma consistente é o que ajuda a prevenir problemas maiores.
Produtos para ansiedade de separação em cães
Em alguns casos, produtos podem ajudar a reduzir a ansiedade do cão.
O feromônio ADAPTIL, por exemplo, cria um ambiente mais tranquilo e pode ser um ótimo aliado no tratamento da ansiedade de separação. Florais, reiki e homeopatia também podem ser usados como opções naturais para ajudar o cão a ficar mais calmo.
Em casos mais graves, o veterinário pode indicar ansiolíticos. Esses remédios são usados para cães com alta ansiedade e podem ser temporários, até que o treinamento tenha efeito.
Ajude o seu cão a lidar com a ansiedade de separação e viver melhor
Saber como tratar cachorro com ansiedade de separação é uma jornada que exige paciência, sensibilidade e muita consistência.
Seguindo as técnicas corretas e entendendo as necessidades do seu cão, é possível reduzir o estresse e melhorar a convivência. Ao aplicar essas estratégias, você ajudará o seu cão a ser mais independente e seguro.
Mas, se você precisar de uma ajuda extra para acalmar seu cachorro, a Porakaá, formada por Thais Vaz e Guilherme Azevedo, médica veterinária e zootecnista com mais de 15 anos de experiência na área de comportamento animal, está aqui para ajudar.
Depois de muitos anos com o uso de protocolos e métodos de adestramento convencionais, aprendemos que a real solução dos problemas de convivência com animais passa por ter compaixão e ajudá-los a se equilibrar quando estão sob estresse.
Igual fazemos com alguém que gostamos muito e sabemos que passa por momentos desafiadores.
Por isso, oferecemos consultorias personalizadas e desenvolvemos o curso Inteligência Emocional que ensina e detalha todos os passos importantes que ajudam cães medrosos, ansiosos e reativos.
Também temos o curso Cão Sozinho Sem Sofrimento, que trata de uma vez por todas a ansiedade por separação do seu cão sem precisar tirá-lo da cama ou parar de dar carinho. E claro, temos muitos outros cursos para apoiar o bem-estar do seu pet.
Junte-se a nós nessa jornada transformadora e descubra como nossa abordagem pode melhorar a vida do seu pet.
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Perguntas frequentes sobre como tratar cachorro com ansiedade de separação
Comece a ficar em outro cômodo separado, enquanto oferece um brinquedo com comida. Ensine o cão a ficar sozinho de forma gradual, começando com pequenos períodos de separação com você em casa. Leia mais no artigo.
Incentive a independência do cão desde filhote. Por exemplo, deixe o seu pet sozinho em um cômodo por curtos períodos. Use brinquedos que o mantenham ocupado e promova atividades que não dependam da sua presença. Leia mais no artigo.
Os sinais incluem latidos ou choros contínuos, destruição de objetos, fazer necessidades em lugares errados e seguir o tutor o tempo todo quando está em casa. Leia mais no artigo.
Use reforços positivos, técnicas de separação gradual, e mantenha uma rotina flexível. Mas, em casos mais graves, considere consultar um especialista ou veterinário para tratamentos adicionais. Leia mais no artigo.
